sábado, 25 de outubro de 2008

Freire na prática

Mergulhar mas obras de Freire, na segunda, terceira, quarta vez é sempre como se fosse a primeira, pois sempre se aprende, porém já entramos neste mar de sabedoria com as idéias aprimoradas, bem mais do que na primeira leitura.
Durante um mês e 23 dias, após conhecer um pouco de Freire, buscar frases soltas na internet, reler trechos de suas obras, posso responder aos questionamentos do professor feitos no comentário da postagem anterior: Conhecer Freire.
Não é nada fácil manter-se firme num caminho inconstante, percebo que colegas não de trabalho, pois não atuo em sala de aula, mas sei e está no caderno de muitas crianças, é só abrir e ver, colegas (pedagogos), PÓS GRADUADOS, que “comem” livros didáticos através de cópias, que na maioria das vezes não atende a expectativa das crianças, da comunidade em que vivem, e que nenhuma relação tem a realidade do município, abusando do pouco ou nenhum conhecimento que os pais tem sobre o que seus filhos aprendem e para que eles vão a escola.
Penso que este é um modelo de caminho torto, em que Paulo Freire se refere em Pedagogia da Autonomia, especialmente desenvolvido pessoas acomodadas, repudio esta pratica, mas é bem mais fácil e rápido copiar de um livro do que preparar uma aula concordas? Então, ai entra a questão do bom senso, o educador precisa ter bom senso (também tratado em Pedagogia da Autonomia) muito aguçado.
Mas enfim, a questão é o que mudou na minha pratica como professora, pois bem, me sinto mais segura ao entrar na sala aula quando necessito aplicar atividades do curso com as crianças, pois tenho a convicção do que quero passar, preparo as atividades com o máximo de carinho e dedicação possível, pesquisa, troca de idéias com professores mais experientes e que conhecem as turmas.
Busco estar dentro da realidade das crianças, respeitar seus conhecimentos prévios, trabalhar a partir deles, escutar as crianças, enfim, preparar atividades lúdicas que as instiguem, enfim que traga ao menos, um pouco de novidade aos olhares curiosos dos pequenos. Admito que nem sempre consigo acertar, o que me consola e leva a diante, é o fato de saber perder, saber que somos inacabados, que devemos acreditar na aprendizagem sempre, na transformação, na mudança de opinião sim, pois como diz Freire: ‘inacabados, mas não condicionados’.