quinta-feira, 27 de maio de 2010

PRIMEIRA SEMANA

Durante a primeira semana, foi tudo muito difícil, desde o planejamento até a pratica. O desafio começou quando eu precisaria planejar sem ter idéia do era enfrentar uma sala de aula de fato. Sem uma noção básica de tempo pra realização das atividades, da organização de uma instituição de ensino, da rotina escolar, das regras, da filosofia da escola, enfim, literalmente ‘eu caio de pára-quedas’ naquela instituição, com um consideravel nivel de teoria, mas de pratica lamentavelmente nada, numa sala cheia de crianças com olhares curiosos, num misto de vontade de aprender, de receio diante da nova professora, e me testando constantemente, foi então que eu me vi exatamente do mesmo modo, querendo aprender com eles, medo de como agir e testando-os a todo o momento. O desespero durante este período de adaptação foi inevitável, a minha inexperiência precisou se voltar absolutamente para vontade, e foi o que fiz, até que eu pudesse me sentir como parte de todo aquele contexto. Na primeira semana investi em socialização, muitas atividades lúdicas para que pudéssemos nos adaptar e eu pudesse observar mais de perto as crianças, como agiriam sozinhas comigo e como eu agiria diante delas. Comecei sendo amiga das crianças, sendo extremamente afetiva na crença de que eu conseguiria conduzi-los pela afetividade e confiança, mas não deu certo, elas acabaram acreditando que eram amigas mesmo e então de princesa eu precisei passar a quase bruxa, o limite foi gritantemente necessário, este método não deu certo, pois o papel de professora ficou um tanto diminuído. Penso ainda que as crianças possam ter sentido minha insegurança frente a elas, e que a soma desta posição de ‘amiga boazinha’ e insegurança, tenham desencadeado a desordem na sala e dificultado meu domínio da turma enquanto educadora. Embora eu acredite que o brincar é fundamental na educação infantil, percebo que limites são necessários e que a relação que deve ser estabelecida entre professor/aluno, é além de afetiva, respeitosa, um professor em sala de aula é um professor, e a afetividade que antes eu acreditava ser necessário como afeto, carinho, enfim, sentimento hoje entende que na verdade o que deve ser estabelecido é um elo de confiança e respeito, com certa de dose de afeto, pois ambos precisam gostar do que fazem e onde estão.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

sábado, 15 de maio de 2010

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Nesta semana notei que ser apenas mediador pode tornar a pratica um tanto sem norte, pelo menos para a série em que atuo. Para a pré escola, a elaboração de uma aula depende a anterior, para que da avaliação realizada dos alunos diariamente a próxima aula seja planejada para contemplar conteúdos que diminuam as dificuldades das crianças, e quanto a linha piagetiana eu acreditava ser a mais adequada, já se encontra defasada pra ser seguida como uma única metodologia, pois atuar apenas como mediadora para na pré-escola, pode tornar o processo amplo demais, e talvez superficial, portanto para a próxima semana pretendo elaborar um plano que eu possa dar liberdade aos alunos, mas que eles tenham um norte. Gostaria muito de desenvolver um P.A. com os pequenos, mas sendo o PA um método de mediação, acredito que vai ser bastante difícil, e devo considerar que eles não são questionadores, todos os dias dialogamos e tento instigá-los a fazerem perguntas, mas o único objetivo é aprender a ler e escrever, embora ainda não tenham maturidade e o desenvolvimento psicomotor suficiente para iniciar a alfabetização.