quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

SEMANA 8

Nesta semana notei que tenho recorrido muito a Paulo Freire nos últimos tempos. Sem perceber claramente fui tomando caminhos para a alfabetização nos moldes trazidos por ele, pelo diálogo, pela reflexão e por buscar trazer à consciência das crianças que elas são responsáveis pela harmonia da sala. Sem dúvida respeito a faixa etária e seus ritmos de aprendizagem, mas percebi que é possível educar crianças conscientizando-as dos valores morais necessários para vida em sociedade, já que esta vinha sendo um grande problema na sala de aula. Através de harmonia que vem se estabelecendo as atividades propostas estão obtendo mais resultados significativos.
É importante destacar o avanço da aprendizagem quanto ao uso das mídias. Inicialmente era difícil negociar o uso do computador, já que tinham apenas a concepção de que ele servia para jogos. Agora eles compreendem que é uma ‘janela mágica’, que podemos abrir e conhecer muitas coisas novas. Mas somente após muitas estratégias foi que consegui desenvolver esta percepção neles.

3 comentários:

Nadie Christina disse...

Oi querida,

nesta postagem tu trazes reflexões fundamentais sobre os rumos que o estágio foi tomando: a fundamentação em Paulo Freire e o uso das mídias como recurso pedagógico.
Com relação a este último seria interessante que tu falasse um pouco sobre as estratégias que levaram os alunos a perceberem o computador como uma "janela mágica".
Ficarei aguardando a complementação, ok?
Um grande beijo e um carinhoso abraço,
Profa. Nádie

Rita Raupp disse...

Olá,

No início não tive muita habilidade para lidar com as mídias a meu favor. As crianças tinham a concepção de que o computador era para jogos e desconheciam as demais funções, tentei introduzir nas aulas dizendo que poderíamos fazer pesquisa e descobrir coisas novas, mas não obtive sucesso. Tentei 'convence-los' no diálogo, até ter a idéia de realizar um bingo, onde eles teriam que escrever o nome no word e a letra sorteada, eles deveriam apagar. Para isso precisariam saber o nome das teclas, abrir o word e conhecer as letras. A partir deste momento eles passaram a se interessar pelo nomes das teclas e suas funções. Incentivei dizendo que eles já sabiam escrever no computador, então os bingos passaram a fazer parte das aulas de informática, como eles chamavam. Para chegar a 'janela mágica', eu disse que eles poderiam aprender a fazer muito mais no computador, já que a turma já sabia jogar e escrever, mas seria surpresa. Então durante uma aula pedi que cada um escolhesse um inseto (relacionava-se com o planejamento) que mais gostasse e anotei. No Labin fui individualmente abrindo o site google e mostrando imagens do inseto preferido fazendo que era coincidencia, as crianças encantaram-se com as imagens e as demais ao verem os colegas observando seus insetos prediletos foram pedindo para pesquisar o seu também. A partir de então eu expliquei que o computador era como uma janela mágica, que a gente podia aprender muitas coisas com ele além de se divertir com os jogos. Ou seja, a percepção das crianças mudou quando elas viram sentindo e sentiram prazer em realizar as atividades. Não foi uma substituição do que faziam, foi um acréscimo as suas atividades. Foram descobrindo-se capazes de realizar tarefas sozinhas, pois através do ícone mostrei que eles poderiam abrir seus programas sozinhos, e isso aconteceu naturalmente. 3 crianças passaram a entrar num site de jogos sozinhos, apenas observando as imagens e a letra inicial.
Abraço,
Rita

Nadie Christina disse...

Oi querida,

muito interessante o caminho percorrido com os alunos para a superação das resistências diante de novas possibilidades de leitura, escrita e, consequentemente, de pesquisas e descobertas.
Meus parabéns pela iniciativa que, com certeza, abriu uma "janela" para o mundo...
Grande beijo,
Profa. Nádie